au au
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A camisa um número menor era para exibir a musculatura.
O sorriso administrado era o componente para consolidar sua superioridade.
Sentava na nossa mesa, contava suas proezas e gabava-se do sucesso com as mulheres. A platéia ficava num misto de admiração e dúvida.
Um dia chegou dizendo que tinha uma amante.
A notícia impressionou, pois a expressão já não era muito usual, e agora estaria com uma mulher fixa.
Alguns dias depois apareceu trazendo na mão uma coleira de cachorro com a respectiva cordinha.
Ante a curiosidade dos olhares, antecipou-se dizendo que mulher gosta de ser dominada e que na intimidade a sua cachorra usava a coleira para lhe agradar.
Assim, sempre que nos encontrava, deixava a coleira sobre a mesa, como assunto já explicado e um troféu para respeito geral.
Passado algum tempo alguém ousou pegar a tal coleira, já marcada pelo uso, e medir nos nossos pescoços.
Para surpresa geral equivalia a um colarinho tamanho 43. Foi o suficiente.
Dominador? Ah! Já sabemos quem usa a coleira. Então o totó é o nosso amigo!
A partir daquele momento nunca mais apareceu na nossa mesa e quando alguém o encontrava na rua gritava:
Au! Au!
Au! Au!
e ele fingia que não ouvia nada...
Música: EU NÃO SOU CACHORRO NÃO – Valdick Soriano
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