FUTEBOL É PAIXÃO

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O sujeito estava no maior entusiasmo, conseguira convidar para sair a mulher que ele tanto queria. Foram meses de tentativas, até que ela topou. Era quase um sonho, agora ao vivo, pois dormindo ele perdera a conta das vezes que sonhara com ela.

Porém, nada é perfeito. Todos os planos estavam prejudicados por um detalhe. Viria junto uma amiga, que para ser benevolente, era totalmente destituída de qualquer atrativo. Era uma uruguaia que tinha uma sanduicheria de chivitos e dirigia uma Kombi. Não há beleza feminina que resista a uma Kombi, o charme acaba indo pelo ralo, mais ainda no caso daquela castelhana bem ruinzinha.

A missão era duríssima, tinha que encontrar alguém que assumisse aquela parada, e não adiantava descrevê-la melhor do que era, pois na hora o sujeito poderia desistir e iria estragar tudo.

Foi então que teve uma ideia, que necessitava agregar um pequeno ingrediente de mentira, mas que poderia resolver tudo.

Procurou o Daniel que era colorado doente, o mais fanático que ele conhecia. Vivia para o futebol, ou melhor, para o Inter, sua única paixão.

Iniciou fazendo um certo mistério e depois disse que tinha um programão para ele. Coisa de amigo. Uma hermana que tinha um pique fantástico, porém não gostava muito de sair com estranhos; mas que ele a convencera, pois tinha pensado no amigo.

E, respeitando a genética e a estética, disse mais:
“nem me pergunta como ela é, nem pede detalhes, vou só dizer uma coisa que acho que é definitiva na razão do meu convite”;
então se aproximou dele e disse baixinho como quem conta um segredo:
“Não fala para ninguém, talvez ela até negue, mas é irmã do Guiñazu”.







MÚSICA: MINHA CAMISA VERMELHA – Ataque Colorado



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